“Nos primeiros dias, pensei que poderia controlar, que poderia ganhar um dinheiro extra, mas a realidade foi muito diferente”, lamenta Vitória. “A sensação de ver os valores subindo e achando que estava no controle me fez perder a noção do perigo que estava me cercando. Foi desesperador.”
Em apenas duas semanas, as apostas de Vitória passaram de R$ 30 para R$ 200, com ganhos expressivos que alimentavam a ilusão de que ela poderia continuar vencendo. No entanto, o que começou como um passatempo se transformou rapidamente em um vício avassalador, levando-a a fazer empréstimos bancários na esperança de recuperar o dinheiro perdido.
“Eu perdia R$ 4.000 e fazia um empréstimo no mesmo valor. Era assim que eu fazia”, revela Vitória. “Cheguei a ganhar R$ 20 mil, mas acabei perdendo tudo nos jogos.”
O desfecho trágico da história veio quando Vitória, sem mais saldo para apostar, retirou R$ 11 mil de uma conta conjunta com seu marido, comprometendo o sonho do casal de comprar uma casa. A revelação do uso do dinheiro levou a uma crise em seu relacionamento, que até então era estável.
A história de Vitória é um alerta sobre os perigos dos jogos de azar e a importância de buscar ajuda ao identificar um problema de vício. O relato serve como um lembrete de que o jogo irresponsável pode ter consequências devastadoras, não só para o jogador, mas também para aqueles ao seu redor.






