A Unicef ressaltou a necessidade urgente de ações globais para combater essa realidade alarmante, incluindo o fortalecimento das leis e o apoio para que as crianças denunciem a violência sexual. A organização alertou que a violência sexual não conhece fronteiras geográficas, culturais ou econômicas, sendo mais prevalente em determinadas regiões, como a África Subsaariana e o leste e sudeste da Ásia.
A maior parte dos casos de violência sexual infantil ocorre durante a adolescência, principalmente entre os 14 e 17 anos, o que coloca as vítimas em maior risco de doenças sexualmente transmissíveis, abuso de substâncias e problemas de saúde mental. A diretora executiva do Unicef, Catherine Russell, classificou a violência sexual contra crianças como uma mancha na consciência moral da sociedade, destacando a importância de combater esse tipo de violência.
A pesquisa enfatizou a necessidade de um maior investimento na coleta de dados para compreender melhor a extensão do problema, especialmente no que diz respeito às experiências dos meninos, que muitas vezes são negligenciadas ou subnotificadas. A divulgação desse relatório ocorre antes da primeira Conferência Ministerial Global sobre o Fim da Violência contra Crianças e destaca a urgência de ações concretas para proteger meninas e meninos em todo o mundo.