Vereadores abrem CPI para investigar condições de balneabilidade e tratamento de esgoto na Praia Central de Balneário Camboriú, em SC.

Na badalada cidade litorânea de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, uma polêmica se instaurou entre os vereadores que conseguiram reunir assinaturas para abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o objetivo de investigar as condições de balneabilidade da Praia Central, bem como as precárias condições da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE).

Após meses de tentativas, sete vereadores assinaram o documento que deu origem à CPI: André Furlan Meirinho (Progressistas), Alessandro Teco (DC), Cristiano dos Santos (PSD), Eduardo Zanatta (PT), Juliana Pavan Von Borstel (PSD), Lucas Gotardo (Novo) e Patrick Machado (PDT). Agora, o presidente da Câmara, David LaBarrica tem um prazo de dez dias para instaurar a CPI, que terá duração inicial de 90 dias, podendo ser prorrogada por mais três meses.

O vereador Meirinho, autor da CPI, denunciou a queda na eficiência da ETE nos últimos anos, apontando que a estação de tratamento operava com apenas 1% de eficiência em janeiro de 2024, apesar de atualmente estar operando com 61%. Moradores da região próxima à ETE e ao rio Camboriú têm reclamado do odor, evidenciando um problema de saúde pública, meio ambiente e impactos na economia e turismo da cidade.

Além das questões relacionadas à ETE, a CPI também pretende apurar as divergências nos relatórios de balneabilidade realizados na cidade, com discrepâncias entre os dados apresentados pela Emasa e pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA). O prefeito Fabricio Oliveira classificou a CPI como uma “farsa”, alegando oportunismo eleitoreiro por parte da oposição.

Por sua vez, a autarquia municipal Emasa afirmou que o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público está sendo cumprido integralmente, com melhorias na eficiência da lagoa de aeração e investigações internas para apurar possíveis danos. Em meio a essa polêmica, a cidade de Balneário Camboriú se vê diante de uma intensa disputa política e jurídica, que pode impactar diretamente a gestão pública e a reputação da região como destino turístico de excelência.

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