Com 49 votos a favor, Milton Leite conquistou a presidência da Casa, derrotando a vereadora Luana Alves, que obteve apenas 6 votos. A reeleição de Leite contou com o apoio da bancada do PT e da base aliada do prefeito Ricardo Nunes, incluindo petistas e bolsonaristas.
A permanência de Leite à frente da Câmara por quatro mandatos seguidos representa uma quebra do compromisso assumido pelo próprio vereador no ano passado, quando declarou que não buscaria novamente o cargo. Durante a votação, ele repetiu que não vai disputar a presidência no próximo ano e afirmou que não voltará para a Câmara de São Paulo na próxima legislatura.
Milton Leite está na Câmara Municipal desde 1997 e já ocupou a presidência nos anos de 2017 e 2018, durante a gestão de João Doria. Considerado um dos políticos mais influentes da capital paulista, Leite é aliado do prefeito Ricardo Nunes e é uma espécie de fiador de sua gestão. Ele também tem dois filhos que atuam como deputados.
O caminho para a recondução de Leite começou a ser aberto no ano passado, quando um Projeto de Emenda à Lei Orgânica de 2003 permitiu duas reeleições para o cargo de presidente da Casa. No início de novembro deste ano, Leite propôs um substitutivo a um projeto de 1992, que foi aprovado com 46 votos a favor e 6 contrários.
Além de Leite, foram eleitos os outros membros da Mesa Diretora da Câmara, com representantes de partidos como PSDB, Republicamos, PT e MDB. A reeleição de Milton Leite para a presidência da Câmara Municipal de São Paulo continua gerando debate e polêmica sobre a possibilidade de múltiplos mandatos consecutivos para o cargo.
