Enquanto alguns optam por deixar a Venezuela, os que permanecem no país enfrentam a realidade de uma transição política cada vez mais distante. Os protestos pós-eleitorais não geraram os resultados esperados e as medidas punitivas do exterior ainda não se concretizaram, deixando a população em um estado de incerteza e descrença.
O professor Ender López, de 56 anos, expressou sua frustração em relação à situação atual. Ele afirmou: “Pensei que poderia haver uma mudança, mas agora não sei, parece que vamos seguir os passos de Cuba”. Com seus dois filhos já fora do país, López reflete a realidade de muitos venezuelanos que se veem sem perspectivas de melhora em seu próprio país.
A migração em massa não é algo novo para os venezuelanos, com mais de 7,7 milhões de pessoas deixando o país nos últimos anos em busca de oportunidades melhores. Recentemente, a migrante Alejandra Medina relatou sua busca por uma vida melhor, tendo dormido no chão por duas noites com seus filhos pequenos na região de fronteira entre Brasil e Venezuela.
Diante desse cenário complexo e desafiador, a diáspora venezuelana continua se expandindo, com mais pessoas se preparando para deixar o país em busca de condições de vida mais dignas. A falta de perspectivas internas e a instabilidade política têm levado muitos a tomar a difícil decisão de abandonar sua terra natal em busca de um futuro mais promissor.