Venezuela escolhe novo presidente em eleição disputada entre Maduro e González, com incertezas sobre resultado e futuro do país

Neste domingo, cerca de 21 milhões de venezuelanos estão indo às urnas para eleger o próximo presidente do país sul-americano, que governará de 2025 a 2031. O atual presidente, Nicolás Maduro, está enfrentando nove concorrentes nas urnas, em uma eleição que representa um marco, já que é a primeira vez desde 2015 em que toda a oposição concorda em participar do pleito. Nos últimos anos, os principais partidos de oposição vinham boicotando as eleições nacionais.

As pesquisas eleitorais estão divergindo sobre o resultado do pleito presidencial. Enquanto algumas enquetes apontam para uma vitória folgada do principal candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, outras indicam que o atual presidente Nicolás Maduro também pode sair vitorioso, com uma margem confortável.

Desde 2017, a Venezuela enfrenta um bloqueio financeiro e comercial, com países como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e União Europeia não reconhecendo a legitimidade do governo de Maduro. Além disso, o país enfrentou uma grave crise econômica, com hiperinflação e perda significativa no PIB, levando à migração de mais de 7 milhões de pessoas.

Apesar dos desafios econômicos, a Venezuela tem demonstrado alguma recuperação desde meados de 2021, com a desaceleração da hiperinflação e o crescimento econômico em 2022 e 2023. No entanto, os salários ainda são baixos e os serviços públicos continuam deteriorados.

Após um embargo econômico parcialmente flexibilizado em 2022 e um acordo entre oposição e governo para as eleições deste ano, o clima político está tenso, com denúncias de prisões de opositores nos últimos dias e recusas de alguns candidatos da oposição, incluindo o favorito Edmundo González, em assinar um acordo para respeitar o resultado eleitoral, gerando incertezas sobre o cenário pós-eleição na Venezuela.

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