O destaque entre os títulos mais procurados pelos investidores foi o Tesouro Selic, que representou 70,4% do total de compras, somando R$ 2,03 bilhões. O interesse por papéis vinculados aos juros básicos é justificado pelo alto nível da taxa Selic.
Em março de 2021, o Banco Central (BC) iniciou o ciclo de elevação da Selic, que passou de 2% ao ano, o menor nível da história, para 13,75% ao ano. Em agosto deste ano, o BC começou a reduzir a Selic, que está atualmente em 11,75%. Apesar da expectativa de queda dos juros básicos no próximo semestre, os investidores continuam a comprar esses títulos.
Os títulos vinculados à inflação (IPCA) representaram 19,7% das vendas, enquanto os prefixados, com juros definidos no momento da emissão, compreenderam 9,8% do total.
O Título RendA+, voltado para investidores interessados em incrementar a aposentadoria, recebeu um aporte de R$ 73,6 milhões em novembro, enquanto o EducA+, lançado em agosto para quem deseja financiar estudos futuros, somou R$ 27,6 milhões em vendas.
Mais da metade das vendas (52,9%) se concentraram em títulos com vencimento entre cinco e dez anos. O número de investidores atingiu 26.606.263, com a adição de 414.911 novos participantes cadastrados no programa no mês passado.
O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar a aplicação e permitir que pessoas físicas adquirissem títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional. A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional que pode variar de acordo com a Selic, os índices de inflação, o câmbio ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis prefixados. Para obter mais informações sobre o Tesouro Direto, os interessados devem acessar o site oficial.