A diretora de Energia e Descarbonização da Vale, Ludmila Nascimento, afirmou que testes de desempenho nos motores estão sendo realizados e que uma decisão sobre a viabilidade dessa medida será tomada em nove meses. Atualmente, a legislação brasileira exige que 14% do diesel contenha biodiesel, com previsão de aumentar para 15% em 2025 e possivelmente chegar a 20% até 2030.
Caso a Vale opte por adotar a mistura de 25% de biodiesel, estará indo além do que é exigido por lei e dando um passo importante em direção à redução de sua pegada de carbono. Ludmila Nascimento ressaltou que essa mudança não exigirá adaptações nos motores dos caminhões, pois o biodiesel é intercambiável com o diesel convencional.
Além da utilização de biodiesel, a Vale está considerando outras alternativas para reduzir suas emissões, como o uso de etanol, amônia verde, metanol e hidrogênio. A eletrificação da frota também está sendo estudada, mas ainda enfrenta limitações, sobretudo para caminhões pesados.
A empresa prevê investir entre US$ 4 bilhões e US$ 6 bilhões até 2030 para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa. As soluções estão sendo avaliadas levando em conta o custo de cada uma em comparação com o custo futuro da emissão de carbono.
Dessa forma, a Vale demonstra seu comprometimento com a sustentabilidade e a busca por alternativas mais limpas e eficientes para suas operações. A decisão de antecipar o aumento da mistura de biodiesel para 25% no diesel pode ser um passo significativo nesse sentido.