O valor a ser repassado totaliza R$ 2,2 milhões, conforme foi anunciado nas redes sociais da Avabrum (Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem da Mina Córrego do Feijão) nesta segunda-feira (13). Deste montante, R$ 2 milhões serão divididos entre o governo gaúcho e o Fundo de Reconstituição de Bens Lesados, gerido pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, enquanto os R$ 200 mil restantes serão doados para a AVSTM (Associação dos Familiares e Sobreviventes da Boate Kiss em Santa Maria).
Esses recursos provêm de um fundo criado a partir de um acordo para indenizar os familiares dos trabalhadores falecidos na tragédia em Brumadinho, que resultou na perda de 272 vidas, incluindo os bebês de duas mulheres grávidas. A maior parte das vítimas eram empregadas da Vale ou de empresas prestadoras de serviço à mineradora.
A criação desse fundo também definiu os valores das indenizações individuais aos pais, cônjuges ou companheiros e filhos dos falecidos, encerrando assim uma ação movida pelo Ministério Público do Trabalho logo após o desastre. Para constituir o fundo, a Vale foi obrigada a destinar R$ 400 milhões, cuja gestão depende da aprovação de um conselho composto por representantes da Avabrum, do MPT, do TRT-MG e da Defensoria Pública da União.
Os recursos já beneficiaram diversas áreas, como saúde, segurança alimentar, qualificação de trabalhadores, geração de emprego, proteção de minorias e educação. Hospitais, casas de saúde e instituições de pesquisa foram contemplados com reformas, financiamento de estudos e aquisição de equipamentos. Além disso, ações de preservação da memória e proteção de indígenas, idosos e crianças também foram beneficiadas com os recursos provenientes do fundo.