De acordo com o comunicado emitido pela FFLCH, a reunião teve como objetivo discutir as dificuldades enfrentadas pelo curso de coreano atualmente, especialmente a falta de professores. Diante dessas dificuldades, a faculdade e o governo da Coreia do Sul, por meio da Korea Foundation, decidiram prorrogar a parceria, o que garantirá a oferta da habilitação em coreano em 2024.
O departamento de Letras Orientais da FFLCH, que é responsável pelos cursos de árabe, armênio, russo, chinês, japonês, hebraico e coreano, tem enfrentado há anos a falta de docentes. Essa situação levou os estudantes a entrar em greve como forma de manifestar seu temor em relação a uma eventual extinção de algum desses cursos. No entanto, a Escola Politécnica da USP já encerrou sua paralisação.
A greve, que já dura mais de três semanas, tem como principais demandas dos estudantes a contratação de professores, o aumento do auxílio para permanência estudantil, melhorias estruturais na USP Leste, a promoção de um vestibular indígena e a valorização dos direitos estudantis. Entre essas demandas, a contratação de novos docentes é o ponto mais debatido.
Na tentativa de encerrar a greve, a reitoria da USP ofereceu a contratação de 148 profissionais temporários em até 45 dias, para atender aos cursos mais afetados pela falta de professores. Posteriormente, essas vagas se tornariam efetivas. Os grevistas irão se reunir nesta segunda-feira (9) em assembleia para decidir sobre a continuidade da paralisação.
A garantia da continuidade da habilitação em coreano na USP é importante não só para os estudantes, mas também para manter o intercâmbio cultural entre o Brasil e a Coreia do Sul. O acordo firmado com o consulado sul-coreano é um passo importante para superar as dificuldades enfrentadas pelo curso de coreano da universidade e garantir o acesso dos estudantes a essa formação tão relevante para o mercado de trabalho.