Por outro lado, as usinas termoelétricas também são despacháveis, mas dependem do estoque de combustíveis como carvão, gás natural, biomassa ou urânio. Enquanto as usinas que queimam carvão e gás natural são mais poluentes, as movidas a biomassa possuem emissão líquida nula considerando a reabsorção de CO2 durante o crescimento da biomassa. Já as usinas nucleares não emitem gases de efeito estufa.
Porém, há também as usinas intermitentes, como as solares, eólicas e hidroelétricas sem reservatório, que só produzem energia quando as condições naturais permitem, não emitindo gases de efeito estufa. A questão da comparação entre usinas limpas e emissoras de gases poluentes vai além do custo unitário da energia, pois as primeiras causam menos impacto ambiental.
Para corrigir essa distorção, tem sido discutida a criação de mercados de carbono ao redor do mundo. Isso levaria as usinas emissoras de gases poluentes a comprar créditos de carbono, tornando-as menos competitivas. Como alternativa, avanços tecnológicos podem permitir a substituição de combustíveis fósseis por fontes mais limpas, como a geotermia.
Além disso, a armazenagem de energia proveniente de fontes intermitentes, como solar e eólica, é uma possibilidade para torná-las mais comparáveis às usinas despacháveis. Armazenar energia de forma química, gravitacional, térmica ou outra permite calcular de maneira mais precisa o custo unitário de usinas intermitentes, tornando a comparação mais justa. A busca por fontes de energia mais limpas e eficientes é essencial para garantir um fornecimento seguro e sustentável de eletricidade.