No entanto, o brilho de Honestino não se limitava ao ambiente acadêmico. Ele também se destacava por seu engajamento político e sua luta contra as injustiças decorrentes do golpe militar que havia ocorrido no ano anterior. Mesmo sem recorrer à violência, os protestos e manifestações liderados por Honestino foram considerados subversivos pelas autoridades da época, levando à sua prisão e posterior expulsão da universidade.
Quase 50 anos depois de sua morte, Honestino é reconhecido como um símbolo de resistência e luta pelos direitos humanos. A UnB planeja reverter a decisão de expulsão do estudante e entregar, de forma póstuma, o diploma de geólogo que ele tanto almejava. Essa iniciativa, que deve ocorrer no dia 21 de abril, data do aniversário da universidade e de Brasília, é vista como um ato de justiça e reparação pela atual reitora Márcia Abrahão.
Amigos e familiares de Honestino também consideram a homenagem uma forma de reparar os danos causados pela perseguição política que ele sofreu durante a ditadura militar. Para eles, o reconhecimento do brilhantismo acadêmico e o engajamento político de Honestino são fundamentais para preservar sua memória e seu legado de luta pela democracia e pelos direitos humanos.
A história de Honestino Guimarães continua a emocionar e inspirar gerações, demonstrando a importância de lembrar e honrar aqueles que lutaram por um Brasil mais justo e democrático. Com a entrega do diploma e a realização de homenagens, a UnB espera manter viva a memória de um aluno exemplar que dedicou sua vida a defender seus ideais e a lutar pela liberdade e pela justiça.
 
				 
					





