O cerne da ação julgada pelo TSE foi uma reunião realizada por Bolsonaro em 2022, com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada. Nesse encontro, próximo das eleições, Bolsonaro fez declarações falsas e distorcidas sobre o processo eleitoral, além de tentar desacreditar ministros do Tribunal Superior Eleitoral.
Essa decisão do TSE vem em um contexto no qual Bolsonaro, em 2021, diante da pressão exercida pela CPI da Covid, pela sociedade e pelas pesquisas apontando uma crescente reprovação, intensificou seu discurso golpista. O ex-presidente chegou a afirmar que poderia não haver eleições em 2022, colocando em xeque a legitimidade do processo eleitoral.
Curiosamente, Nicolás Maduro, ditador da Venezuela, também fez críticas ao sistema eleitoral brasileiro em um comício, questionando a auditoria e a transparência do processo eleitoral no Brasil, EUA e Colômbia, sem apresentar provas concretas de suas afirmações.
Essa decisão do TSE reforça a importância da transparência, lisura e respeito às instituições democráticas em um momento no qual a polarização política no Brasil atinge níveis alarmantes. A inelegibilidade de Bolsonaro por oito anos representa um marco e um alerta para outros políticos que buscam minar a confiança no sistema eleitoral em prol de interesses pessoais.