TSE nega recurso de Bolsonaro e mantém inelegibilidade do ex-presidente por oito anos.

Na manhã desta sexta-feira, a maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou um recurso apresentado pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para derrubar a decisão que o tornou inelegível por oito anos. O julgamento ocorreu durante a madrugada, de maneira virtual, no plenário do tribunal.

Em junho deste ano, Bolsonaro foi condenado pelo TSE por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A condenação ocorreu em decorrência de uma reunião realizada com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho do ano passado, na qual o ex-presidente atacou o sistema eletrônico de votação. O questionamento em relação à legalidade do encontro foi feito pelo PDT.

Até o momento, quatro dos sete ministros que compõem o TSE rejeitaram o recurso apresentado pela defesa de Bolsonaro. Além do relator do caso, Benedito Gonçalves, votaram no mesmo sentido Alexandre de Moraes, André Ramos Tavares e Cármen Lúcia. Ainda aguardam-se os votos de Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques e Nunes Marques.

Os advogados de Bolsonaro alegaram no recurso que houve cerceamento de defesa durante o julgamento, pois não foram analisados todos os argumentos por eles apresentados, tampouco foram permitidas a apresentação de testemunhas.

O julgamento está sendo realizado de forma virtual, na qual os ministros inserem seus votos no sistema eletrônico e não há deliberação presencial. A previsão é de que a análise do recurso seja concluída no dia 28 deste mês.

Caso a condenação seja mantida e Bolsonaro seja confirmado como inelegível por oito anos, isso pode trazer implicações significativas tanto para a sua participação política quanto para o cenário eleitoral brasileiro. Sendo um dos principais líderes da oposição ao atual governo, a ausência de Bolsonaro nas próximas eleições poderia alterar consideravelmente a dinâmica política e as opções disponíveis ao eleitorado. No entanto, é importante destacar que ainda restam os votos de três ministros do TSE, o que significa que a decisão final ainda está em aberto e pode sofrer alterações.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo