TSE decide multar Bolsonaro em R$15 mil por disseminar notícias falsas contra Lula durante campanha eleitoral de 2022.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, por 5 votos a 2, multar o ex-presidente Jair Bolsonaro em R$ 15 mil por disseminar notícias falsas contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a campanha eleitoral de 2022, quando ambos estavam concorrendo à Presidência. O motivo da multa foi publicações de Bolsonaro em redes sociais que associavam Lula e seu partido, o PT, à organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Essas publicações já haviam sido alvo de determinação do TSE para remoção durante a campanha, e a decisão foi reiterada agora. O julgamento sobre o mérito da questão teve início em novembro do ano passado, quando o então relator, ministro Benedito Gonçalves, votou pela multa de R$ 15 mil. As análises foram interrompidas na ocasião por pedido de vista do ministro Raul Araújo.

Com a retomada do julgamento, o relator foi seguido pelos ministros Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes. Os ministros Ramos Tavares e Maria Cláudia Bucchianeri, que não integram mais o TSE, também votaram a favor da multa. No entanto, os ministros Raul Araújo e Nunes Marques votaram em sentido contrário, alegando que não houve violação às normas de propaganda eleitoral e que as publicações estavam dentro dos limites da campanha.

A decisão do TSE destaca a importância do combate à disseminação de notícias falsas e da veiculação de informações que possam influenciar de maneira indevida o processo eleitoral. A multa aplicada a Bolsonaro serve como um alerta para que os candidatos ajam de forma responsável e ética em suas campanhas, respeitando as regras estabelecidas pela Justiça Eleitoral.

É importante ressaltar que a decisão do TSE evidencia a atuação do órgão na fiscalização e no combate à propaganda eleitoral irregular, reforçando a importância da lisura e da transparência no processo democrático. Espera-se que a multa aplicada a Bolsonaro sirva como um exemplo para que outros candidatos evitem a prática de disseminação de informações inverídicas durante suas campanhas eleitorais.

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