Ao atacar os imigrantes haitianos, Trump busca criar um elo entre o sentimento anti-imigrante e o sentimento antinegro, buscando vincular a comunidade haitiana, de ascendência africana, a um estereótipo de incivilidade e incapacidade de integração na sociedade americana. Essa retórica racista remete a um histórico de exclusão e discriminação presentes na história dos Estados Unidos, como o Ato de Exclusão dos Chineses de 1882 e a teoria de assimilação dos povos nativos.
Além disso, as acusações infundadas de Trump contra os haitianos em Springfield podem ser interpretadas como parte de uma estratégia para gerar apoio político e legislativo para medidas extremas, como deportações em massa, o fim da cidadania por nascimento e o projeto de desnaturalização. Essa retórica baseada no medo e na difamação racial ilustra como slogans podem influenciar a opinião pública e moldar a agenda política de um país.
Diante desse cenário, é essencial compreender as consequências dessas narrativas e a importância de combater discursos que promovem o ódio, a exclusão e a segregação. A estratégia de Trump em relação aos imigrantes haitianos mostra como a política pode ser utilizada de maneira manipulativa e perigosa, alimentando preconceitos e alimentando divisões na sociedade. É fundamental resistir a essas tentativas de polarização e defender os direitos e a dignidade de todas as pessoas, independentemente de sua origem ou nacionalidade.