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TRT suspende eleição do SindMotoristas de SP marcada por fechamento de terminais, tiros e ação policial, determinando nova votação.

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) decidiu suspender a eleição para a diretoria do SindMotoristas, o sindicato que representa os motoristas e trabalhadores de ônibus em São Paulo. A eleição, que ocorreu na terça e quarta-feira da semana passada, foi marcada por fortes incidentes, incluindo o fechamento de terminais de ônibus, um ataque a tiros e uma grande presença policial.

A decisão de suspender a eleição foi tomada em resposta a um pedido de liminar feito por uma das chapas que competiram na eleição, o Grupo Oposição e Luta. Segundo a apuração dos votos, a chapa que representa a atual diretoria do sindicato saiu vencedora, com cerca de 14 mil dos 20 mil votos.

O TRT determinou que um novo edital para a eleição fosse publicado até o dia 28 de dezembro e que urnas eletrônicas fossem utilizadas, as quais devem ser solicitadas ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Três das quatro chapas envolvidas na disputa já haviam pedido o adiamento da votação por três meses e a substituição das cédulas de papel por urnas eletrônicas. O adiamento foi aprovado em uma reunião da categoria, mas a decisão da Justiça do Trabalho anulou a assembleia e manteve a eleição. Diante disso, uma das chapas buscou uma liminar para suspender a votação.

As eleições no SindMotoristas nos últimos anos têm sido marcadas por confusões, tiroteios, paralisações de ônibus e uma grande presença policial. A suspensão da eleição é mais um capítulo em meio a uma série de eventos conturbados que têm envolvido o sindicato.

A decisão do TRT reflete a necessidade de garantir a segurança e a lisura do processo eleitoral em uma categoria tão importante para a infraestrutura e mobilidade da cidade de São Paulo. A utilização de urnas eletrônicas também visa trazer mais transparência e confiabilidade ao processo de votação. Espera-se que as partes envolvidas acatem a decisão judicial e que a nova eleição transcorra de forma pacífica e democrática, sem os incidentes que marcaram a última votação.

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