Atualmente, os 21 membros da tripulação do cargueiro Dali, sendo 20 indianos e um cingalês, estão impossibilitados de deixar a embarcação devido à falta de documentação necessária, uma vez que os vistos que possuíam venceram após o acidente. Além disso, as autoridades americanas estão conduzindo uma investigação, em conjunto com o FBI, sobre as causas do ocorrido, o que tem mantido os homens no navio, sem contato com o mundo exterior.
A presença da tripulação é considerada essencial pelas autoridades, pois eles são as pessoas mais bem familiarizadas com o navio e seu conhecimento pode ser crucial para a investigação em curso. Mesmo durante a demolição controlada da ponte, que caiu sobre o navio, a tripulação não pôde deixar a embarcação.
Um relatório preliminar do Conselho Nacional de Segurança de Transportes dos EUA apontou que o navio Dali, de bandeira de Singapura, teve dois apagões antes do acidente e já enfrentava problemas semelhantes no mesmo dia. A situação da tripulação tem gerado preocupação, especialmente com a dificuldade de acesso a suas contas bancárias e outros dados importantes para o seu sustento e de suas famílias.
Representantes sindicais têm visitado os homens no navio e providenciado novos celulares, mas a falta de acesso a informações cruciais tem deixado a tripulação desmotivada. O sindicato internacional de marinheiros tem clamado por respeito aos direitos e bem-estar dos tripulantes, independentemente da duração da investigação em andamento. Há receios sobre o resultado do inquérito e possíveis acusações relacionadas ao acidente e às mortes ocorridas. A situação desses marinheiros reflete a importância de garantir condições adequadas e respeito aos direitos trabalhistas em situações de crise como essa.