Repórter São Paulo – SP – Brasil

Tribunal Federal confirma ligação do Irã e Hezbollah no ataque à embaixada de Israel na Argentina em 1992. Responsabilidade internacional em destaque.

O Tribunal Federal de Cassação Criminal fez uma importante ligação entre o Irã e o Hezbollah em relação ao ataque à embaixada de Israel na Argentina em março de 1992. Os juízes destacaram que essa conclusão pode ter graves repercussões a nível internacional. Mesmo que o ato terrorista seja cometido por um grupo não formalmente ligado a um Estado, mas que atua sob seu controle ou direção, como no caso da relação entre o Hezbollah e o Irã.

Além disso, o tribunal ressaltou a necessidade de reparação dos danos causados pelo atentado, afirmando que é obrigação reparar integralmente os danos, tanto morais quanto materiais, abrindo espaço para que as vítimas e os afetados possam buscar justiça perante tribunais internacionais.

Segundo informações do jornal Clarín, os juízes avaliaram que os ataques foram motivados por vingança. O governo argentino havia cancelado três contratos de fornecimento de material e tecnologia nuclear para Teerã após o então presidente Carlos Menem se aliar aos Estados Unidos e participar da primeira Guerra do Golfo em 1991.

Os iranianos teriam considerado a quebra do acordo “intolerável” e os ataques teriam sido uma forma extrema de pressão para forçar a Argentina a reverter a decisão de cancelar os contratos. Essa ligação entre os ataques e a questão nuclear evidencia o contexto político complexo que envolveu o incidente e suas possíveis motivações.

Com essas revelações do Tribunal Federal de Cassação Criminal, novos questionamentos e debates surgem a respeito do papel do Irã e do Hezbollah em ações terroristas internacionais e das responsabilidades legais e diplomáticas que devem ser assumidas em casos como esse.

Exit mobile version