Tribunal de Justiça de SP rejeita pedido de prisão domiciliar para ex-médico Roger Abdelmassih, condenado por crimes sexuais

O ex-médico Roger Abdelmassih, de 80 anos, teve seu pedido de prisão domiciliar rejeitado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Abdelmassih, conhecido por seu envolvimento em casos de crimes sexuais contra suas pacientes, foi condenado e cumpre pena desde 2014.

A decisão do tribunal de negar o pedido de prisão domiciliar foi baseada no entendimento de que Abdelmassih não preenche os critérios para esse tipo de benefício, já que seu estado de saúde não é considerado grave o suficiente para justificar a medida. Além disso, o ex-médico já havia tido um pedido semelhante rejeitado anteriormente.

Roger Abdelmassih foi condenado a mais de 173 anos de prisão por estupro de pacientes em sua clínica de reprodução assistida. Ele foi preso em 2009, mas fugiu para o Paraguai em 2011, onde foi recapturado e extraditado de volta para o Brasil. Desde então, ele cumpre pena em regime fechado.

O caso de Abdelmassih provocou grande comoção e indignação na sociedade brasileira. Muitas de suas vítimas relataram ter sofrido abusos sexuais durante seus tratamentos na clínica do ex-médico, o que levou à abertura de investigações e à condenação do réu.

A defesa de Abdelmassih argumenta que, devido à idade avançada e aos problemas de saúde do ex-médico, ele deveria cumprir sua pena em prisão domiciliar. No entanto, as autoridades responsáveis pelo caso alegam que não há justificativa legal para conceder esse benefício a ele.

A rejeição do pedido de prisão domiciliar reacende o debate sobre a aplicação de penas para crimes sexuais no Brasil, especialmente quando envolvem figuras de destaque na sociedade, como médicos renomados. A decisão do tribunal reforça a ideia de que a justiça deve ser aplicada de forma igualitária para todos, independentemente de sua posição social ou idade.

Enquanto isso, as vítimas de Roger Abdelmassih continuam a lutar por justiça e a buscar formas de superar o trauma causado pelos abusos sofridos. A rejeição do pedido de prisão domiciliar é mais um capítulo na longa batalha judicial em torno desse caso emblemático.

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