A decisão do tribunal de negar o pedido de prisão domiciliar foi baseada no entendimento de que Abdelmassih não preenche os critérios para esse tipo de benefício, já que seu estado de saúde não é considerado grave o suficiente para justificar a medida. Além disso, o ex-médico já havia tido um pedido semelhante rejeitado anteriormente.
Roger Abdelmassih foi condenado a mais de 173 anos de prisão por estupro de pacientes em sua clínica de reprodução assistida. Ele foi preso em 2009, mas fugiu para o Paraguai em 2011, onde foi recapturado e extraditado de volta para o Brasil. Desde então, ele cumpre pena em regime fechado.
O caso de Abdelmassih provocou grande comoção e indignação na sociedade brasileira. Muitas de suas vítimas relataram ter sofrido abusos sexuais durante seus tratamentos na clínica do ex-médico, o que levou à abertura de investigações e à condenação do réu.
A defesa de Abdelmassih argumenta que, devido à idade avançada e aos problemas de saúde do ex-médico, ele deveria cumprir sua pena em prisão domiciliar. No entanto, as autoridades responsáveis pelo caso alegam que não há justificativa legal para conceder esse benefício a ele.
A rejeição do pedido de prisão domiciliar reacende o debate sobre a aplicação de penas para crimes sexuais no Brasil, especialmente quando envolvem figuras de destaque na sociedade, como médicos renomados. A decisão do tribunal reforça a ideia de que a justiça deve ser aplicada de forma igualitária para todos, independentemente de sua posição social ou idade.
Enquanto isso, as vítimas de Roger Abdelmassih continuam a lutar por justiça e a buscar formas de superar o trauma causado pelos abusos sofridos. A rejeição do pedido de prisão domiciliar é mais um capítulo na longa batalha judicial em torno desse caso emblemático.