O suspeito morto foi identificado como Rodrigo Pires dos Santos, conhecido como Danone. De acordo com a SSP, ele atuava com o tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e no tribunal do crime. Além disso, Danone é apontado como um dos responsáveis pela morte de um sargento em 2012. Em 2015, ele teria sido flagrado atirando contra uma embarcação da Receita Federal. Em novembro do ano passado, as forças de segurança localizaram em sua casa um fuzil, duas pistolas e uma vasta quantidade de entorpecentes, após uma operação realizada pela Polícia Civil em parceria com a Marinha.
Segundo relatos da SSP, o Comando de Operações Especiais da PM recebeu informações sobre o paradeiro dos criminosos em um condomínio do bairro de Santa Cruz dos Navegantes. Os policiais teriam sido recebidos a tiros ao se aproximarem do local, resultando no confronto que culminou na morte dos suspeitos.
Até o momento, os nomes dos outros dois suspeitos mortos não foram divulgados. Segundo um delegado ouvido pela reportagem, um deles estaria sendo procurado pela Justiça e estaria utilizando um documento falso. A perícia foi acionada para investigar o caso.
Este episódio eleva para 25 o número de vítimas de ações da PM na Baixada Santista desde o último dia 2, quando o soldado da Rota Samuel Wesley Cosmo foi assassinado. Entre as vítimas, estão dois adolescentes e um catador de lixo, cuja família afirma que estava desarmado.
A SSP ressaltou que todas as mortes decorrentes de intervenção policial são rigorosamente investigadas, encaminhadas para análise do Ministério Público e julgadas pelo Poder Judiciário.
A região da Baixada Santista tem enfrentado uma escalada de confrontos entre policiais militares e suspeitos desde a morte do soldado Marcelo Augusto da Silva no final de janeiro. Nos últimos dias, dois policiais militares foram mortos em serviço, além de outros dois que foram baleados. Um suspeito de envolvimento na morte do soldado Cosmo foi preso em Uberlândia, Minas Gerais, e aguarda transferência para Santos. Ele estava foragido e teve a prisão temporária decretada pela Justiça. A gestão ofereceu uma recompensa de R$ 50 mil por informações que levassem à prisão do suspeito.
O caso permanece em investigação pelas autoridades competentes.
