Segundo dados do Anuário produzido pela NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos), em abril de 2013, aproximadamente 381,1 milhões de pessoas utilizaram os coletivos urbanos. Já em abril de 2023, esse número caiu para 204,5 milhões, representando uma queda de 46%. A pesquisa também comparou os meses de outubro de 2013 e de 2023, mostrando uma diminuição de 44% na quantidade de passageiros transportados.
O estudo apontou que a idade média da frota de ônibus em 2023 era de 6,5 anos, acima do ideal de cinco anos, o que impacta na qualidade dos serviços prestados. Além disso, o aumento médio das passagens no país foi de 6,6% no ano passado, com preços variando entre R$ 5 e R$ 6,50.
Outro ponto destacado foi a estagnação da oferta de transporte coletivo por ônibus e a redução da implementação de novos projetos de infraestrutura de mobilidade coletiva, como corredores de ônibus e faixas exclusivas. A falta de investimento nesses setores contribui para a queda na demanda e a perda de usuários.
Diante desse cenário, especialistas apontam a necessidade de novas políticas públicas e investimentos para revitalizar o transporte público por ônibus. A melhoria na qualidade do serviço, a renovação da frota, a garantia de tarifas acessíveis e a implementação de medidas efetivas a longo prazo são essenciais para reverter o atual quadro de declínio do setor.