Thiago, por exemplo, começou sua jornada no vôlei sentado aos dez anos, após um acidente aos seis anos envolvendo uma carreta. Nurya, que perdeu sua formatura em 2012 devido a um acidente que a deixou paraplégica, descobriu o vôlei sentado em 2013 e conquistou dois bronzes paralímpicos. Já Wellington, que teve sua perna amputada após um acidente de moto em 2005, também encontrou no esporte paralímpico uma nova paixão e oportunidade de vida.
Os dados da Organização Mundial de Saúde revelam que o Brasil é um dos países que mais registra mortes no trânsito, sendo o terceiro colocado no ranking, atrás apenas da Índia e da China. Os motociclistas são as principais vítimas, o que reflete diretamente na quantidade de atletas paralímpicos brasileiros que tiveram suas vidas impactadas por acidentes nas estradas.
O Comitê Paralímpico Brasileiro aponta que 46 dos 255 paratletas da delegação possuem deficiências decorrentes de acidentes de trânsito. Esses atletas muitas vezes descobrem o esporte paralímpico tardiamente, mas encontram nele uma nova perspectiva de vida e superação.
Em Paris, a delegação brasileira de vôlei sentado conta com 12 atletas no masculino e 12 no feminino, sendo que 66,6% dos homens e 50% das mulheres foram vítimas de acidentes no trânsito. Esses atletas, provenientes de situações adversas, são exemplos de resiliência e superação, transformando suas tragédias pessoais em vitórias no esporte paralímpico.






