Este ano, a previsão é que cerca de 15 milhões de pessoas participem do carnaval de rua na cidade de São Paulo. O pré-carnaval teve início oficialmente em 3 de fevereiro, e além dos desfiles durante o feriado, também está previsto o pós-carnaval, nos dias 17 e 18 de fevereiro. O evento faz parte das comemorações e atrai muitos turistas de diferentes partes do país e do mundo.
A prefeitura, por meio da Comissão Especial de Organização do Carnaval de Rua 2024, analisa todos os trajetos dos blocos em parceria com outras autoridades e associações que representam os moradores e comerciantes. Durante os desfiles, agentes da Polícia Militar, Guarda Civil Metropolitana (CGM) e Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) atuam para minimizar os transtornos que possam surgir.
Associações de bairro, como a Savima (Sociedade Amigos de Vila Madalena), expressam suas preocupações não em relação ao carnaval em si, mas à duração prolongada das festividades. Para o presidente da Savima, Cássio Calazans, “a pessoa que não gosta pode até viajar no feriado do carnaval, mas não o mês todo”.
Os desfiles são avaliados pela Comissão Especial de Organização do Carnaval, levando em consideração fatores como legislação, porte do bloco e condições da região de desfile. Os blocos e bandas devem cadastrar seus desfiles, incluindo detalhes como itinerário, horário e a previsão de público. Após a avaliação das inscrições, a lista dos blocos para o carnaval é publicada no Diário Oficial.
Em caso de desfiles não autorizados ou irregularidades, o morador pode fazer uma denúncia à Prefeitura ou até mesmo acionar o Ministério Público. No entanto, de acordo com o especialista em Direito Público e Administrativo, Antonio Carlos de Freitas Jr., “não gostar do evento” não é considerado uma razão legítima para anular uma autorização, sendo necessário apresentar uma razão de interesse público para tal.
Apesar das polêmicas e conflitos que envolvem o carnaval de rua, o evento é parte importante da cultura brasileira e proporciona manifestações culturais marcantes. Cabe às autoridades e à população buscar soluções que possam garantir a realização do carnaval, respeitando os interesses das partes envolvidas e minimizando os transtornos para os moradores das regiões afetadas.