Na imagem, é possível ver os médicos Marcos de Andrade Corsato, Diego Ralf de Souza Bomfim, Perseu Ribeiro Almeida e o único sobrevivente, Daniel Sonnewend Proença, confraternizando e com garrafas de cerveja sobre a mesa. Os médicos pareciam tranquilos e despreocupados.
Proença foi levado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, localizado no mesmo bairro da tragédia. De acordo com a direção da unidade, seu estado de saúde é estável.
A polícia apreendeu os celulares dos médicos para análise pericial. A última selfie foi encontrada em um dos aparelhos.
Segundo informações obtidas, os médicos estavam na cidade para participar de um congresso internacional de ortopedia. O crime ocorreu por volta da 1h, em frente ao Windsor Hotel, onde o evento estava sendo realizado.
Imagens das câmeras de segurança revelaram que os quatro médicos estavam sentados em uma mesa do quiosque quando três homens vestidos de preto desceram de um carro branco estacionado do outro lado da rua e começaram a atirar contra o grupo. Após ferir os ocupantes da mesa, os criminosos fugiram correndo para seu veículo e partiram sem levar nada.
As imagens também mostraram que outros clientes do quiosque testemunharam o ataque e saíram correndo para evitar serem atingidos.
A Delegacia de Homicídios da Capital está investigando o crime. Peritos estiveram no local do crime e no quarto onde as vítimas estavam hospedadas para realizar as análises necessárias. Os celulares dos médicos também foram apreendidos.
A polícia trabalha com a hipótese de execução, já que os criminosos retornaram ao local e dispararam contra as vítimas novamente. Além disso, aparentemente nada foi roubado.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, classificou o assassinato como uma execução e determinou que a Polícia Federal acompanhe as investigações, levando em consideração que uma das vítimas tinha ligação com dois deputados federais.
Os médicos mortos eram de São Paulo e Bahia. Diego Ralf de Souza Bomfim era ortopedista e irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL). Perseu Ribeiro Almeida era especialista em cirurgia do pé e tornozelo e Marcos de Andrade Corsato era médico assistente do Instituto de Ortopedia do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
Apesar das buscas realizadas pelos policiais do 31º BPM, nenhum suspeito foi encontrado. O policiamento na região foi reforçado como medida de segurança.
