“A pauta do nosso movimento é o cancelamento de todos os processos de terceirização e privatização no Metrô, CPTM e Sabesp. E também a realização de um plebiscito oficial junto à população do estado para consultar sobre a privatização dessas três empresas públicas”, destacou a presidenta do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Camila Lisboa.
A paralisação afetará várias linhas do Metrô e da CPTM, mas não deve impactar as linhas já privatizadas. No caso da Sabesp, as estações de tratamento e o fornecimento de água não serão afetados, mas setores como arrecadação e manutenção devem ser paralisados.
Como consequência da greve, a prefeitura de São Paulo e o governo do estado decidiram decretar ponto facultativo na capital paulista. No entanto, na última sexta-feira (29), o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) proibiu a greve total dos trabalhadores do Metrô, determinando a circulação de 100% da frota nos horários de pico e 80% nos demais períodos, sob pena de multa de R$ 500 mil. O tribunal também proibiu a liberação das catracas, solicitada pelos trabalhadores.
“A Justiça determinou a manutenção do transporte sobre trilhos em 100% nos horários de pico e 80% nos demais períodos, além de 85% do contingente da Sabesp, sob pena de multas diárias de até meio milhão de reais aos sindicatos. A gestão estadual aguarda que as categorias cumpram as decisões judiciais para que os direitos da população sejam preservados”, afirmou o governo do estado em nota.
A greve dos trabalhadores das empresas de transporte e saneamento em São Paulo é mais um exemplo da resistência dos trabalhadores contra os processos de privatização que vêm ocorrendo em várias empresas públicas do país. A privatização é vista pelos sindicatos como uma forma de desmantelar os direitos trabalhistas e precarizar os serviços oferecidos à população. Diante dessa situação, os trabalhadores estão se unindo e utilizando sua força coletiva para garantir seus direitos e lutar pela manutenção das empresas públicas.