A nova proposta da BASF foi apresentada durante a terceira rodada de negociações mediada pelo Ministério do Trabalho e Emprego. No entanto, os trabalhadores consideraram a proposta insuficiente, principalmente em relação à manutenção de empregos, estabilidade e ao não pagamento do adicional de periculosidade para novos contratados.
Diante disso, as assembleias reafirmaram as reivindicações dos trabalhadores, incluindo a manutenção dos empregos, o pagamento do adicional de periculosidade e o fim de práticas antidemocráticas e de assédio moral. Uma contraproposta foi aprovada para ser enviada à empresa, incluindo medidas como a garantia de estabilidade de emprego até 2029, pacote de proteção econômica e manutenção do adicional de periculosidade.
“Como gesto de boa fé e demonstrando que estamos sempre abertos à negociação, os trabalhadores aceitaram reduzir a contraproposta de pacote econômico em 20% o número de salários e em 33% no tempo do Convênio Médico”, explicou Fabio Lins, secretário de administração do Sindicato dos Químicos do ABC.
A relação entre a BASF e o sindicato enfrenta turbulências desde 2022, quando a empresa interrompeu unilateralmente o pagamento do adicional de periculosidade. Em 2024, o anúncio do fechamento da Unidade de Tintas Automotivas resultou na eliminação de mais de 220 postos de trabalho. Diante desse cenário, os trabalhadores mantêm uma pauta de reivindicações e o diálogo mediado pelo Ministério do Trabalho e Emprego está em andamento.
As negociações entre a BASF e os trabalhadores do setor de tintas automotivas seguem em meio a impasses e tentativas de acordo para garantir os direitos dos trabalhadores e a manutenção dos empregos.