Essa rivalidade tem raízes que se estendem por mais de três décadas, remontando a 1988, quando o fundador da Mancha Alvi Verde foi assassinado a tiros em São Paulo. Esse evento desencadeou uma série de confrontos entre as duas torcidas e as rivalidades apenas se intensificaram ao longo dos anos, culminando em episódios de violência cada vez mais graves.
Além dos embates diretos entre as organizadas de Palmeiras e Cruzeiro, a rivalidade também se estendeu a outras torcidas, como as uniformizadas de São Paulo e Atlético-MG, que passaram a apoiar os visitantes em confrontos contra os rivais locais. Essa dinâmica alimenta um ciclo perigoso de violência e confrontos constantes.
No ano passado, a intervenção da Polícia Militar de São Paulo conseguiu evitar um confronto iminente entre as torcidas antes de uma partida entre os dois clubes, resultando na prisão de diversos torcedores cruzeirenses portando armas e materiais explosivos. Porém, tais medidas parecem não ser suficientes para conter a escalada de violência entre as torcidas organizadas.
O trágico episódio deste domingo, com um cruzeirense morto e vários feridos, é mais uma prova de que a rivalidade entre as torcidas do Palmeiras e do Cruzeiro ultrapassou os limites do razoável e entrou em um território perigoso e letal. As autoridades e os clubes devem tomar medidas enérgicas para coibir tais atos de violência e garantir a segurança de todos os envolvidos no espetáculo do futebol. É preciso romper com esse ciclo de ódio e agressão que infelizmente tem marcado a história dessas torcidas.
