Título jornalístico: Lula defende votos secretos no STF e critica Tribunal Internacional de Haia em discursos polêmicos

No mês de julho, uma imagem do Crucificado, com 1,50 metro de altura, chegou ao Palácio do Planalto sendo transportada por um funcionário. O ex-presidente Lula se aproximou e dirigiu-se à peça, afirmando: “Eu já voltei, agora você vai voltar. Juntos, nós vamos mudar este país”. Esse momento foi registrado em um vídeo publicado nas redes sociais.

Alguns dias antes desse acontecimento, durante uma passagem por Cabo Verde, Lula proferiu uma frase mal formulada, expressando sua gratidão ao continente africano por tudo que foi produzido durante 350 anos de escravidão no Brasil.

Após receber recomendações de sua assessoria pessoal para tomar mais cuidado com seus improvisos, Lula passou a ler seus discursos. No entanto, em apenas dois meses, o ex-presidente já desrespeitou essa recomendação.

Recentemente, Lula questionou a relevância do Tribunal Internacional de Haia, mencionando que os Estados Unidos e a Rússia não são signatários do tratado. Vale ressaltar que o Brasil aderiu a esse tribunal durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, enquanto os Estados Unidos não fizeram parte disso.

Durante os governos petistas, a corte de Haia recebeu prestígio. Jair Bolsonaro, atual presidente, foi denunciado duas vezes por condutas relacionadas à pandemia e ao tratamento dado aos yanomamis.

Lula se justificou dizendo que não sabia da existência desse tribunal, mas isso não justificaria sua defesa dos votos secretos nos julgamentos do Supremo Tribunal Federal. Ele afirmou que a sociedade não tem que saber como os ministros da Suprema Corte votam, o que vai contra a tradição democrática e o princípio do Estado de Direito.

O voto secreto em tribunais colegiados é característico de regimes totalitários, e ao defender essa ideia, Lula deu um exemplo utilizando o futebol, sugerindo que as avaliações dos jogadores sejam feitas sem que ninguém saiba o resultado.

No entanto, é importante ressaltar que a jurisprudência americana estabeleceu que a sociedade tem o direito de saber como os juízes votam, e que a transparência é essencial para o funcionamento adequado dos órgãos judiciais.

Em resumo, Lula tem demonstrado deslizes em suas falas públicas, desde declarações mal formuladas até arrependimentos de não ter lido seus discursos. A defesa do voto secreto e a falta de conhecimento sobre o Tribunal Internacional de Haia também geraram polêmica e questionamentos. Resta agora aguardar como essas declarações irão repercussão no cenário político brasileiro.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo