A TI Kulina do Médio Juruá abriga uma população de 1.579 indígenas entre 0 e 14 anos, representando 56,1% de todos os habitantes do território, que possui aproximadamente 730 mil hectares nos municípios de Eirunepé, Envira, Ipixuna e Tarauacá. Além disso, o censo também apontou que há 571 pessoas entre 15 e 29 anos, 563 indígenas de 30 a 59 anos e 101 anciões com mais de 60 anos nessa área.
Marlene Araújo, uma liderança na Organização dos Povos Indígenas da Calha do Juruá (Opiju), comentou sobre a preocupante situação vivenciada pelos jovens nas aldeias Kulina, atribuindo o alto número de jovens à baixa expectativa de vida devido à violência na região. Araújo destacou os conflitos internos e externos que afetam a comunidade indígena, ressaltando que projetos envolvendo esporte e cultura estão sendo desenvolvidos para recuperar a juventude.
Por outro lado, a TI Wajãpi, no Amapá, possui 958 pessoas de 0 a 14 anos, correspondendo a 57,5% da população total dessa etnia em um território de 607 mil hectares. O censo também revelou a presença de 408 indivíduos entre 15 e 29 anos, 259 indígenas de 30 a 59 anos e 40 anciões com mais de 60 anos nessa região.
O cacique Aikyry Wajãpi, presidente da Associação Indígena Wajãpi (AIW), compartilhou a estratégia adotada para manter as futuras gerações na TI, enfatizando a importância da transmissão do conhecimento ancestral e o papel dos jovens na preservação da cultura wajãpi. Através de associações e programas educativos, os indígenas buscam garantir que a identidade e tradições sejam preservadas.
Assim, as TIs Kulina do Médio Juruá e Wajãpi destacam-se não apenas pela alta concentração de jovens, mas também pela resiliência das comunidades indígenas em enfrentar desafios e preservar suas culturas diante de adversidades.
