A tranquilidade da rua Adolfo Jaeger, no bairro Ouro Branco, foi abruptamente interrompida por um verdadeiro cenário de guerra. Projéteis podiam ser vistos na calçada em frente à residência onde um crime chocante aconteceu. Quatro armas registradas no nome do atirador foram encontradas dentro da casa, junto com uma “farta munição”, de acordo com o chefe da Polícia Civil, delegado Fernando Antônio Oliveira Sodré.
O atirador foi identificado como Edson Crippa, que entrou em confronto com brigadianos e acabou sendo baleado. O secretário de Segurança Pública classificou o incidente como uma “grande tragédia”, ressaltando a rápida e efetiva resposta da Brigada Militar que evitou mais mortes. O atirador, denunciado por maus-tratos pelos próprios pais momentos antes dos disparos, deflagrou uma série de tiros assim que a polícia chegou ao local.
A violência deixou um trágico saldo de vítimas. O pai de Edson, Eugênio Crippa, de 74 anos, seu irmão Everton Crippa, de 49 anos, e um brigadiano militar perderam a vida no tiroteio. O soldado Everton Raniere Kirsch Junior, de 31 anos, deixa esposa e um filho recém-nascido de apenas 45 dias. Além disso, outras dez pessoas ficaram feridas, incluindo a mãe, irmão e cunhada de Edson, que estão internadas no Hospital Municipal de Novo Hamburgo.
Seis brigadistas e um guarda municipal também necessitaram de atendimento médico devido aos ferimentos causados durante o tiroteio. Dentre os brigadianos feridos, alguns já foram identificados, como a 2ª sargento Joseane Müller, os soldados Eduardo de Brida Geicer, Rodrigo Weber Volz, João Paulo Farias Oliveira e um militar conhecido apenas como “Nicolas”.
A cidade de Novo Hamburgo se vê agora diante das consequências de mais um ato de violência que choca a comunidade local. A investigação sobre o caso segue em andamento para esclarecer os motivos que levaram a essa tragédia e buscar formas de prevenir novos episódios de violência armada.