Para tentar manter o atendimento aos pacientes, o hospital está operando com o uso de um gerador de energia neste sábado (4). No entanto, usuários relatam que exames estão atrasados e pelo menos uma paciente teve que ser transferida para outra unidade de saúde devido ao problema.
Durante a tarde, foi observado que as luzes dos corredores e da enfermaria apresentavam falhas, piscando em algumas ocasiões. Essas falhas se somam às dificuldades enfrentadas pelos pacientes e profissionais de saúde no momento.
Em busca de informações sobre a falta de energia elétrica no hospital, a reportagem entrou em contato com a concessionária Enel. A empresa informou que está trabalhando gradativamente para restabelecer o fornecimento de energia, dando prioridade aos casos mais críticos, como os serviços essenciais.
A Enel destacou que, devido à complexidade das reparação, alguns casos podem levar mais tempo até a normalização do fornecimento de energia. A expectativa da empresa é que a maioria dos clientes afetados tenha a situação regularizada até a próxima terça-feira (7).
No entanto, mesmo com a falta de energia elétrica, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) continua funcionando normalmente no local. Não foram divulgadas informações sobre transferências de outros pacientes e o plano para a unidade afetada.
Elisabeth Aparecida Simplício, depiladora de 54 anos, relatou que a sogra de sua filha teve que ser transferida para o Hospital de M’Boi Mirim durante a tarde de sábado. A paciente estava internada no Hospital do Campo Limpo desde terça-feira (31) para realizar um cateterismo e colocar um marca-passo.
Segundo Elisabeth, o médico informou à família que a transferência foi necessária devido à falta de energia elétrica no hospital. Ela também revelou que presenciou falhas na luz durante sua visita à unidade e que os funcionários afirmaram que o gerador está operando com capacidade máxima.
Rosângela Oliveira, administradora de 34 anos, passou 24 horas no hospital aguardando que sua filha fizesse uma tomografia. A jovem de 15 anos havia sofrido uma convulsão e foi levada à unidade de saúde por volta das 16h de sexta-feira.
No entanto, após a queda de energia elétrica, os médicos informaram que o exame não poderia ser realizado enquanto o hospital estivesse funcionando apenas com o gerador. Rosângela expressou sua preocupação com a situação e destacou que, caso decidissem ir embora, teriam que entrar em uma fila para realizar o exame posteriormente, perdendo a prioridade que teriam como caso de emergência.
Até o momento, a Secretaria Municipal da Saúde não se pronunciou sobre as transferências de pacientes e o plano para solucionar a situação no Hospital Municipal do Campo Limpo. A falta de energia elétrica afeta não apenas o atendimento aos pacientes, mas também gera preocupações acerca dos prazos e condições para a realização de exames e procedimentos, colocando em dúvida a qualidade do serviço prestado pela unidade de saúde.