Além disso, o juro no parcelado também apresentou uma variação, passando de 185,9% para 180,5% ao ano no mesmo período. Já considerando o juro total do cartão de crédito, que engloba tanto o rotativo quanto o parcelado, a taxa passou de 84,6% para 85,0%. Esses números revelam um cenário econômico desafiador para os consumidores que buscam crédito através do cartão.
Vale ressaltar que o Congresso aprovou uma legislação estabelecendo um teto de 100% para os juros do rotativo e do parcelado, caso os bancos não chegassem a um acordo sobre o assunto. Essa medida entrou em vigor no início do ano de 2024 e tem como objetivo proteger os consumidores de taxas abusivas.
Apesar das taxas apresentadas pelo Banco Central sugerirem um descumprimento da lei, é importante destacar que se trata apenas de um registro estatístico. A instituição extrapola o juro mensal cobrado pelos bancos para obter a taxa anual, o que nem sempre reflete a realidade, já que muitos consumidores utilizam o cartão apenas por alguns dias ou semanas.
O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, afirmou que a instituição não pretende interromper essa série histórica, pois ela ainda serve como referência para demonstrar a evolução dos juros no mercado. Para se adequar à nova legislação, o BC criou um novo indicador que será amadurecido ao longo do ano, assim como a amostragem de dados disponíveis. Essas medidas visam a transparência e a proteção dos consumidores em relação ao uso do cartão de crédito.