Essa redução foi considerada um marco, já que representa o menor contingente para um segundo trimestre desde 2015, quando havia 1,4 milhão de pessoas nessa condição. Embora ainda represente um número significativo, o grupo de pessoas em busca de emprego há mais de dois anos corresponde a 22,4% do total de desempregados.
A pesquisadora do IBGE, Adriana Beringuy, aponta que a geração de empregos no Brasil, especialmente no setor de serviços, tem contribuído para absorver perfis diversos de trabalhadores, o que pode explicar a redução no número de pessoas buscando emprego por longos períodos.
Além disso, a pesquisa revelou uma diminuição no número de desempregados em outros períodos de busca: mais de um ano e menos de dois anos (-15,2%), entre um mês e um ano (-11%) e há menos de um mês (-10,2%). A maior proporção de desempregados está entre aqueles que buscam emprego há mais de um mês e menos de um ano, totalizando 47,8% do total.
Em relação ao sexo, a taxa de desemprego das mulheres atingiu 8,6%, sendo a menor desde o quarto trimestre de 2014. No entanto, ainda há uma disparidade em comparação aos homens, que apresentaram uma taxa de desemprego de 5,6%. O nível de ocupação das mulheres atingiu um recorde histórico de 48,1%, enquanto o dos homens é de 68,3%.
É importante destacar que o rendimento médio real habitual das mulheres ainda é inferior ao dos homens, ficando em R$ 2.696 no segundo trimestre deste ano, enquanto os homens recebem em média R$ 3.424. A busca por igualdade de gênero no mercado de trabalho ainda é um desafio a ser superado no Brasil.