Segundo Izalci, a medida aparentemente em prol da transparência e do cumprimento das metas fiscais esconde, na verdade, uma estratégia para concentrar mais poder nas mãos do Executivo. Para o senador, a suspensão das emendas ajuda o governo a fechar as contas anuais sem violar as regras fiscais, já que o valor pode ser utilizado para cobrir o rombo nas contas públicas.
Ao bloquear a liberação de R$ 15 bilhões em emendas até que sejam cumpridos os requisitos constitucionais, o STF, na visão de Izalci, não apenas favoreceu o governo, mas também deu ao ex-presidente Lula uma ferramenta de barganha política poderosa. Com o Congresso pressionado e as emendas suspensas, Lula estaria em uma posição privilegiada para negociar sua influência na sucessão da presidência da Câmara e do Senado, além de assegurar que o governo cumpra suas obrigações fiscais, mesmo que à custa de investimentos importantes.
Izalci também manifestou a expectativa de que o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, reaja para defender as prerrogativas do Parlamento diante dessa decisão do STF.
A questão das emendas parlamentares impositivas e sua suspensão pelo Supremo Tribunal Federal continuam a gerar polêmica e discussões entre políticos e analistas. A medida, que pode alterar significativamente a dinâmica legislativa e orçamentária do país, levanta questionamentos sobre a separação de poderes e a autonomia do Legislativo em relação ao Executivo. Além disso, a possibilidade de uso político dessa suspensão mostra como as disputas de poder permeiam as decisões no mais alto escalão do país.






