De acordo com a Constituição Federal, ocupantes de cargos como deputados federais, senadores, ministros de Estado, presidente da República e vice devem ser julgados pelo STF em processos criminais. O caso está sob sigilo e ainda não há informações sobre quem seria o envolvido que motivou a transferência da investigação para o Supremo.
A vereadora Marielle Franco foi brutalmente assassinada no centro do Rio de Janeiro, em março de 2018, quando o carro em que estava foi alvejado por 13 tiros, resultando em sua morte e a de seu motorista, Anderson Gomes. Os motivos e os mandantes do crime ainda não foram identificados.
Dois ex-policiais militares, Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, foram presos e acusados de envolvimento no assassinato. Lessa fechou um acordo de delação premiada no inquérito, que corre em sigilo no STJ e aguarda homologação. A colaboração de Queiroz também contribuiu para avançar nas investigações, levando a novas suspeitas de envolvimento de Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro.
Como Brazão possui foro especial, o inquérito foi enviado ao STJ no ano passado. Apesar das negações de sua participação no crime, as investigações continuam em busca de elucidar o caso e identificar todos os responsáveis pelo brutal assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes.