STF retoma depoimento de testemunhas no caso Marielle; réus são acusados de ser mandantes do assassinato

O Supremo Tribunal Federal (STF) deu continuidade às investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco nesta segunda-feira (9), com o depoimento de testemunhas na ação penal dos acusados de serem os mandantes do crime. A sessão foi conduzida pelo juiz Airton Vieira, auxiliar do ministro Alexandre de Moraes, que é o relator do processo.

As testemunhas ouvidas foram arroladas pela defesa dos réus e cerca de 70 pessoas devem prestar depoimento até o final deste mês. Entre os acusados na ação penal estão o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão, o ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa e o major da Polícia Militar Ronald Paulo de Alves Pereira. Todos respondem pelos crimes de homicídio e organização criminosa e permanecem presos.

Durante os depoimentos, as promotoras do Ministério Público do Rio, Letícia Emile e Simone Sibilio, foram chamadas a prestar esclarecimentos, mas solicitaram dispensa, alegando que já atuaram no caso Marielle quando estavam na Força-Tarefa do Ministério Público do Rio.

Na etapa anterior dos depoimentos, as testemunhas de acusação indicadas pela Procuradoria-Geral da República, como os ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, confessaram participação no assassinato. Lessa afirmou que os réus são “pessoas de alta periculosidade” e alegou ter recebido ordens dos irmãos Brazão para cometer o crime. Ele assinou um acordo de delação premiada como parte das investigações.

Com o desenrolar dos depoimentos e avanço da investigação, o caso Marielle Franco continua a ser acompanhado de perto pela sociedade, evidenciando a importância da justiça na elucidação de crimes de grande repercussão como este.

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