A audiência foi conduzida de forma virtual, com um juiz instrutor do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, responsável por determinar as prisões na quinta-feira (11). Os cinco presos são Mateus de Carvalho Sposito, ex-funcionário da Secretaria de Comunicação da Presidência da República; o empresário Richards Dyer Pozzer; o influencer digital Rogério Beraldo de Almeida; o policial federal Marcelo Araújo Bormevet; e o militar do Exército Giancarlo Gomes Rodrigues.
Segundo as investigações, a Abin teria sido utilizada para favorecer os filhos do ex-presidente, monitorar ilegalmente ministros do STF e políticos opositores durante o governo Bolsonaro.
Em nota divulgada nesta sexta-feira, o deputado federal Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin, negou as acusações de uso ilegal do órgão durante sua gestão, alegando que as acusações são “ilações e rasas conjecturas” para prejudicar sua candidatura à prefeitura do Rio de Janeiro.
O senador Flávio Bolsonaro também se manifestou, dizendo que a divulgação do relatório de investigação da PF tinha como objetivo prejudicar a candidatura de Ramagem e negando qualquer relação própria com a Abin. O presidente Jair Bolsonaro não se pronunciou sobre o assunto.
A Agência Brasil tentou contato com os demais citados para incluir seus posicionamentos no texto, porém ainda não obteve retorno.
Essas revelações recentes colocam em destaque a complexidade e a sensibilidade das relações políticas brasileiras, evidenciando a importância de uma investigação minuciosa e imparcial para garantir a transparência e a justiça no país.