De acordo com as autoridades, Anderson e Nego Di eram sócios de uma empresa chamada Tá di Zuera, onde teriam lesado mais de 300 pessoas em um golpe que resultou em um prejuízo de mais de R$ 5 milhões para os consumidores. A estratégia utilizada era a venda de produtos a preços abaixo do mercado, porém os clientes nunca recebiam a mercadoria adquirida. Até o momento, a defesa de Boneti não foi localizada para prestar esclarecimentos sobre o caso.
Diante do risco de fuga dos acusados, foram expedidos mandados de prisões preventivas para os dois sócios. Enquanto Boneti foi capturado na segunda-feira, Nego Di já se encontrava detido desde o dia 14. Em uma coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, o Chefe da Polícia Civil gaúcha, delegado Fernando Sodré, detalhou o esquema criminoso envolvendo os acusados.
Segundo o delegado, Anderson Boneti era responsável pela parte digital do negócio, cuidando do site da empresa, enquanto Nego Di utilizava sua imagem pública para atrair clientes. Agora, a investigação entrará em uma segunda fase para verificar se houve lavagem de dinheiro envolvida no esquema.
As investigações indicaram que Boneti estava escondido no litoral de Santa Catarina, especificamente em Bombinhas. Os policiais conseguiram localizá-lo em um apartamento na região e efetuaram a prisão, apreendendo documentos, computadores, celular e cartões de débito durante a ação. Boneti foi então conduzido de volta ao Rio Grande do Sul para responder pelas acusações.
O caso envolvendo Nego Di e Anderson Boneti tem gerado repercussão devido ao alto valor do prejuízo causado às vítimas e às acusações de estelionato. A defesa do ex-BBB havia afirmado anteriormente que sua inocência será provada e pediu cautela nos julgamentos precipitados, visando não prejudicar a carreira do cliente. A suspeita é de que Nego Di possa ter praticado até 370 crimes de estelionato, vendendo produtos que nunca foram entregues aos compradores.
O esquema fraudulento foi lucrativo, rendendo mais de R$ 5,3 milhões aos acusados, que ofereciam produtos com preços muito abaixo do mercado, mas que nunca eram entregues aos clientes. A maioria das vítimas era de origem humilde, segundo as investigações. O desdobramento desse caso promete novas revelações com a continuidade das investigações.






