Essa iniciativa, que conta com o apoio da Coalizão Preciosa pelo Planeta, liderada por uma empresa de cartões de crédito, visa não apenas à recuperação da cobertura vegetal, mas também à geração de oportunidades para as comunidades locais. O vice-presidente da Conservação Internacional Brasil, Mauricio Bianco, destaca a importância dessa parceria para alcançar a meta de restaurar 12 milhões de hectares até 2030.
Além disso, a recente atualização do Plano Nacional de Recuperação de Vegetação Nativa (Planaveg) durante a COP16 nas Nações Unidas para a Biodiversidade reforça o compromisso do Brasil com a regeneração ambiental. A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, ressaltou a necessidade de utilizar o dinheiro para preservar e restaurar a natureza, gerando prosperidade de forma sustentável.
O Planaveg identificou um passivo de 23,7 milhões de hectares que necessitam de recuperação, sendo a maior parte em terras privadas. Para viabilizar essa regeneração, o plano propõe diferentes arranjos adaptados à ocupação dos territórios, incluindo a promoção de sistemas integrados de produção e a conservação da vegetação nativa.
Um estudo publicado na revista Nature destaca o potencial brasileiro para a regeneração natural em regiões tropicais desmatadas, apontando que um quarto desse potencial está no país. Essa descoberta tem o potencial de direcionar políticas públicas e o mercado de restauração florestal, contribuindo para a preservação da biodiversidade e a mitigação das mudanças climáticas.
Dessa forma, a convergência de esforços da sociedade civil, do setor privado e das políticas públicas se mostra fundamental para alcançar um desenvolvimento sustentável e promover a restauração florestal no Brasil. Com ações focadas na Mata Atlântica e em outras regiões do país, espera-se um impacto positivo na biodiversidade, no clima e na economia local, demonstrando que a restauração é uma oportunidade para o presente e o futuro.