A presidência brasileira do G20 inovou ao reunir os grupos de engajamento sob a denominação de “G20 Social”, ampliando assim a participação e as contribuições da sociedade civil nos documentos preparatórios para a cúpula. É uma oportunidade única para a sociedade civil influenciar a agenda global, considerando o tamanho dos PIBs em questão.
Um exemplo concreto desse engajamento é a participação do Instituto Igarapé e do Institute for Global Dialogue, da África do Sul, na força-tarefa “Fortalecendo o multilateralismo e a governança global” do T20. Coordenado pelo Cebri, Ipea e Funag, o T20 reúne “think tanks” para embasar os debates do G20, analisando dados científicos e propondo recomendações.
Dentre as propostas apresentadas pelos grupos de engajamento, destacam-se a necessidade de fortalecer a eficácia das instituições multilaterais, promover maior participação de atores não estatais na governança global, investir em desenvolvimento sustentável e aprimorar a cooperação internacional.
A urgência da reforma do sistema multilateral é ressaltada, considerando as crescentes tensões políticas, econômicas e sociais que dificultam o progresso em compromissos globais, como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e o Acordo de Paris. O papel do G20 como plataforma-chave para alinhar esforços e influenciar outros fóruns é enfatizado.
Nesse contexto, a presidência brasileira do G20 destaca a importância da reforma da governança global e a necessidade de um sistema multilateral mais representativo, inclusivo e eficiente. Agora, cabe à sociedade civil e aos diversos atores envolvidos no processo do G20 trabalharem juntos para influenciar as decisões nos fóruns internacionais e governamentais. A participação ativa e engajada de todos é fundamental para garantir um futuro mais sustentável e equitativo.
