A decisão da Anvisa de suspender a manipulação, comercialização, propaganda e uso desses implantes foi baseada em denúncias de entidades médicas, incluindo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), que apontaram um aumento nos atendimentos de pacientes com problemas decorrentes do uso desses dispositivos. Segundo a Anvisa, muitos desses implantes contêm substâncias que não foram avaliadas quanto à segurança nesse tipo de uso, o que levou à medida preventiva.
O senador Jorge Seif (PL-SC) foi um dos responsáveis por apresentar o requerimento para a sessão temática, que também teve a assinatura de outros 26 senadores. Seif ressaltou a importância de debater o assunto no âmbito legislativo e ouvir especialistas para compreender as diferentes perspectivas em relação à proibição dos implantes hormonais.
Segundo o senador, os implantes não são usados apenas por motivos estéticos, mas também como parte de tratamentos hormonais específicos, como no caso de hipogonadismo, puberdade tardia e transtornos sexuais hipoativos em mulheres. Ele alertou que a proibição irrestrita dos implantes pode prejudicar pacientes que dependem deles para melhorar sua qualidade de vida, especialmente no caso de tratamentos legítimos.
A data proposta para a sessão é 22 de novembro, no entanto, a confirmação ainda depende da Secretaria-Geral da Mesa. É fundamental que o debate sobre os “chips da beleza” leve em consideração as diferentes perspectivas e possíveis impactos na saúde pública, visando encontrar uma solução que proteja os pacientes e garanta a segurança dos tratamentos hormonais.