Durante seu pronunciamento, o peronista citou algumas declarações de Milei que ajudaram a popularizar o candidato, mas também têm sido usadas por seus adversários para questionar sua postura radicalizada. “Estou convencido de que esse não é um país de merda como têm dito, mas que esse é um grande país”, afirmou Massa, referindo-se à fala de Milei que recomendava aos jovens a possibilidade de deixar o país.
Além disso, o atual ministro da Economia adotou um tom conciliador ao acenar para os eleitores que votaram em branco ou em outros candidatos. Ele destacou a importância de valores como a educação pública e a independência dos poderes, e convocou a construção de um governo de unidade nacional.
Com uma diferença de cerca de 6 pontos percentuais em relação a Milei, Massa fortaleceu sua posição para o segundo turno, que acontecerá no dia 19 de novembro. No entanto, ele ainda corre o risco de enfrentar a aliança entre a terceira colocada, Patricia Bullrich, e o ultraliberal.
Massa ressaltou a importância de construir um país que abrace todos os argentinos, independentemente de suas opiniões, religiões ou condições sociais. Desde o início da campanha, o peronista mudou seu discurso para enfatizar o medo do avanço da extrema direita e defender a soberania do país frente às propostas de Milei.
Apesar de ter saído na frente, o peronismo registrou sua pior votação em 40 anos de democracia. Segundo o analista político Gustavo Córdoba, a atuação dos governadores e militantes peronistas pode ter influenciado nesse resultado. No entanto, ele ressalta que o segundo turno é uma eleição completamente diferente e que é necessário observar como o cenário político será reconfigurado.
O resultado das eleições na Argentina tem gerado expectativa e incertezas, e somente no segundo turno será possível definir quem será o próximo presidente do país.