O pedido de Cabral se baseia nos diálogos revelados pela série de reportagens conhecida como “Vaza Jato”, os quais foram obtidos através da Operação Spoofing da Polícia Federal. Segundo a defesa do ex-governador, esses diálogos evidenciam um “conluio” entre os procuradores de Curitiba e o ex-juiz Moro, comprometendo a imparcialidade do processo.
A defesa de Cabral argumenta que os diálogos obtidos colocam em xeque o Estado Democrático de Direito, o Ministério Público Federal e a imparcialidade do Poder Judiciário, tornando necessária uma resposta enérgica por parte do STF. Vale ressaltar que outros investigados pela Lava Jato, como o empresário Marcelo Odebrecht e o ex-governador do Paraná, Beto Richa, já foram beneficiados por decisões semelhantes do Supremo.
Até o momento, Sérgio Cabral responde aos processos em liberdade, porém suas condenações já totalizam mais de 335 anos. A defesa do ex-governador ainda pode recorrer das sentenças. Cabral estava em prisão preventiva desde 2016 e foi libertado em dezembro de 2022.
Diante dessa nova reviravolta no caso, fica evidente a tentativa de Sérgio Cabral de se valer das recentes revelações sobre a conduta dos envolvidos na Lava Jato para buscar anular as acusações que pesam contra ele. Resta aguardar a decisão do ministro Dias Toffoli e do STF sobre o pedido apresentado pelo ex-governador.