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Senadores entregam denúncias de moradores da Reserva Extrativista Chico Mendes contra ICMBio à Procuradora-Geral da República.

Nesta terça-feira (31), o presidente da CPI das ONGs, senador Plínio Valério (PSDB-AM), juntamente com outros membros da comissão, entregaram denúncias de moradores da Reserva Extrativista Chico Mendes, no Acre, contra agentes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) à procuradora-geral da República interina, Elizeta Ramos. As acusações contra os funcionários do ICMBio incluem desde a destruição de uma ponte e o impedimento da construção de uma escola até a prática de violência física e ameaças de morte.

Plínio Valério destacou durante a reunião que devido à gravidade das denúncias, não foi possível aguardar o término da CPI para a entrega do material. Em outubro, senadores do colegiado realizaram uma diligência à região, o que reforçou a urgência da entrega das denúncias.

Durante a reunião com a procuradora, o senador amazonense comparou a situação na Reserva Chico Mendes a um regime de escravidão. O relator da CPI, Márcio Bittar (União-AC), lamentou a permissão dada pelo Brasil para que órgãos ambientais atendam aos interesses de ONGs internacionais, o que, segundo ele, ameaça a soberania do país.

A procuradora recebeu a representação e um pendrive com os vídeos de depoimentos e se comprometeu a ler, ouvir e encaminhar o material aos órgãos competentes. Em seu depoimento à CPI nesta terça-feira, o presidente do ICMBio, Mauro Oliveira Pires, afirmou que as denúncias de excessos na abordagem dos agentes serão apuradas, mas negou que os relatos de excesso policial com fuzis se refiram a agentes do órgão.

Além de Plínio Valério, outros senadores também participaram da reunião na sede da Procuradoria-Geral da República, incluindo Jaime Bagatolli (PL-RO), Dr. Hiran (PP-RR) e a senadora Damares Alves (Republicanos-DF).

A entrega das denúncias à procuradora-geral da República indica um avanço nas investigações sobre as condutas dos agentes do ICMBio na Reserva Chico Mendes. As acusações de destruição de infraestrutura, impedimentos de construção e violência física e ameaças de morte são graves e exigem uma resposta das autoridades competentes. Resta agora acompanhar os desdobramentos e aguardar as apurações para que os responsáveis sejam devidamente responsabilizados pelos seus atos.

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