Repórter São Paulo – SP – Brasil

Senador propõe decreto legislativo para anular programa de reforma agrária e proteger produtores rurais no Brasil.

Na última terça-feira (23), o senador Ireneu Orth (PP-RS) fez um contundente pronunciamento no Plenário do Senado, informando sobre a apresentação de um projeto de decreto legislativo (PDL 198/2024) com o objetivo de sustar os efeitos de um decreto da Presidência da República que institui o Programa Terra da Gente e trata da incorporação de imóveis rurais na Política Nacional de Reforma Agrária.

Orth expressou sua preocupação com a situação dos produtores rurais, destacando que a decisão pode acarretar prejuízos para esse segmento. O senador enfatizou que o novo decreto presidencial adota um modelo promovido por movimentos como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), associado a resultados menos produtivos. Segundo ele, estudos indicam que os assentamentos criados sob essas políticas frequentemente carecem de infraestrutura adequada e não atendem às necessidades dos agricultores, levando alguns a abandonar as terras distribuídas ou até mesmo a comercializá-las ilegalmente.

Para Orth, o decreto em questão entra em conflito com os princípios de separação de Poderes estabelecidos na Constituição Federal ao tentar regular unilateralmente a reforma agrária. O senador solicitou o apoio de seus colegas para a aprovação da proposta, destacando que a mesma visa restaurar a segurança jurídica e abrir espaço para um amplo debate sobre o futuro da reforma agrária no Brasil, envolvendo todos os setores impactados, especialmente os produtores rurais.

Ao final de seu discurso, Ireneu Orth ressaltou a importância da agricultura brasileira na produção de alimentos não apenas para os 215 milhões de brasileiros, mas também para mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo. Ele alertou que, caso o decreto não seja revogado, muitos produtores rurais poderão perder o interesse em continuar suas atividades devido ao risco jurídico eminente de perderem tudo o que possuem.

Diante disso, o senador pediu urgência na votação do PDL 198/2024, visando proporcionar segurança jurídica aos produtores rurais e promover um debate amplo e democrático sobre a reforma agrária no país.

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