Durante seu discurso, Girão defendeu a abertura de um processo de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, destacando a necessidade de resguardar a democracia diante do que ele chamou de supremacia de um Poder sobre os outros. O senador argumentou que o ministro tem agido de forma a esmagar os demais Poderes e que a conivência de outros ministros do STF tem sido prejudicial à democracia brasileira.
Além disso, Girão criticou o encontro entre os ministros do STF e os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados para discutir as emendas de transferência especial, classificando as cenas como “deprimentes de uma República em frangalhos”. Ele destacou que a postura dos ministros durante a reunião mostrou um Poder invadindo os demais e evidenciou que tudo no país é política.
O senador também defendeu a proposta de limitação das decisões monocráticas do STF e de outros tribunais superiores, citando a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 8/2021. Para Girão, é necessário restringir a atuação individual dos magistrados para garantir um equilíbrio e respeito à Constituição.
Diante desse cenário de tensão entre os Poderes e da discussão sobre o papel do STF na democracia brasileira, Girão se coloca como um dos principais críticos e defensores de reformas no sistema judiciário do país. Suas declarações chamaram a atenção da opinião pública e devem ecoar nos debates parlamentares nas próximas semanas.