O senador destacou que especialistas no assunto concordam que esse tipo de jogo é uma das principais formas de lavagem de dinheiro sujo, proveniente da corrupção e do tráfico de drogas. Ele ressaltou que as propostas em questão não abordam a questão da lavagem de dinheiro, da restrição da publicidade ou do aumento das penas para o crime de manipulação de resultados.
Na visão de Girão, o objetivo do governo é apenas regulamentar a tributação para aumentar a arrecadação de impostos, sem se importar com a origem do dinheiro e quantas vidas serão afetadas pelo vício. Ele lembrou que as apostas esportivas têm se proliferado rapidamente no Brasil desde 2018, quando foram autorizadas por lei.
O parlamentar ressaltou ainda que 19 dos 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro são patrocinados por empresas de apostas, em valores que chegam a ultrapassar R$ 300 milhões. Ele lamentou que a atividade esteja comprometendo a “pureza do esporte” e transformando o futebol em um “paraíso da manipulação de resultados, com denúncias em praticamente todos os campeonatos”.
Como exemplo, Girão citou a suspensão do campeonato cearense em 2022 devido às denúncias de manipulação. Ele também mencionou as punições aplicadas pela CBF a 11 jogadores comprovadamente envolvidos em manipulação, variando de 360 dias de suspensão ao banimento definitivo do futebol. O senador mencionou como notícia positiva a decisão do Comitê Disciplinar da FIFA de estender essas punições para que tenham efeito mundial.
Para combater essa prática, Girão informou que protocolou sete projetos de lei que têm como objetivo coibir e restringir ao máximo a jogatina, seguindo a linha adotada em todo o mundo em relação ao tabagismo.
É importante ressaltar que todas essas informações foram reproduzidas mediante citação da Agência Senado.