O senador destacou a questão ética envolvida, apontando que ministros da Suprema Corte aceitaram passagens aéreas e hospedagens em hotéis luxuosos pagos pelo Grupo Voto, que por sua vez recebeu financiamento da indústria do tabaco, setor conhecido por seus impactos negativos na saúde da população. Girão também ressaltou a existência de processos tanto no STF quanto no STJ envolvendo a multinacional do fumo, incluindo um caso relativo às restrições da Anvisa sobre aditivos em produtos de tabaco.
Além disso, o senador mencionou que a British American Tobacco recentemente adquiriu participação em uma empresa canadense produtora de maconha, o que levanta questionamentos sobre os interesses por trás dessas relações. Girão frisou a gravidade do momento, citando a suspensão no STF do julgamento sobre o uso da maconha e as medidas do Senado, como a aprovação da PEC 45/2023 que criminaliza as drogas.
O parlamentar também informou sua ida aos Estados Unidos junto com um grupo de parlamentares para um evento no Congresso americano sobre a liberdade de expressão no Brasil e as supostas arbitrariedades do STF. Girão criticou a atuação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) por sua falta de ação em relação ao Supremo e lamentou a postura da entidade ao interpelar o deputado Marcel Van Hatten após ele cobrar posicionamento da OAB. Na visão do senador, o país enfrenta desafios em sua democracia e é importante denunciar as injustiças que têm ocorrido no sistema jurídico brasileiro.
Dessa forma, Eduardo Girão reforçou seu posicionamento contrário às práticas questionáveis envolvendo autoridades e empresas, defendendo a transparência e a ética nas relações institucionais.






