A adoção tardia, que consiste no acolhimento de crianças com três anos ou mais, bem como de crianças e adolescentes com irmãos, deficiência, doenças crônicas ou necessidades específicas de saúde, foi o foco da cerimônia. Durante o evento, senadores e homenageados ressaltaram a importância de tornar o processo de adoção mais inclusivo, ágil e simplificado.
O senador Contarato, que adotou dois filhos, Gabriel e Mariana, lembrou dos desafios que enfrentou no processo, destacando casos de preconceito pelos quais passou. Ele também ressaltou a vitória no Conselho Nacional de Justiça e no Conselho Nacional do Ministério Público, que proibiram manifestações contrárias à adoção por famílias monoparentais ou homossexuais com base na orientação sexual.
Outro senador, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), enfatizou a necessidade de transformar a cultura de adoção no Brasil, estimulando a adoção tardia e quebrando estereótipos sobre preferências por crianças recém-nascidas ou jovens.
Dados do Tribunal de Justiça da Bahia revelam que, em 2022, a maioria das crianças adotadas tinha menos de seis anos. O senador Angelo Coronel (PSD-BA) destacou uma campanha do tribunal baiano chamada “Filhos são eternos bebês”, que busca sensibilizar a população sobre a importância da adoção tardia.
A juíza Lorena Miranda, do Espírito Santo, afirmou que avançar na adoção é construir um futuro melhor para aqueles que aguardam por uma família. A premiação contemplou figuras como Perilo Rodrigues de Lucena, do Tribunal de Justiça da Paraíba, o Tribunal de Justiça da Bahia e a juíza Lorena Miranda Laranja do Amaral, do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, por suas contribuições significativas nesse campo.
Em resumo, a cerimônia de homenagem à adoção tardia no Senado Federal foi marcada por discursos emocionantes, reconhecimento da importância do tema e incentivo à mudança de mentalidades em relação à adoção de crianças e adolescentes fora dos padrões tradicionais.